O PNL veio para promover nos alunos o gosto pela leitura, no entanto, segundo a minha opinião, não é com fichas de leituras, guiões copiados de aulas de PNP´s... que se vai conseguir esse objectivo primordial.
O professor tem que sentir o livro, portanto escolhê-lo de acordo com o seu gosto e a turma que tem à sua frente, a sensibilidade das crianças que convivem com ele cinco horas por dia.
Depois, quando faz a leitura da obra tem que perceber qual a receptividade que os alunos têm em relação à história e a partir daí gerir as actividades seguintes.
O professor poderá ter planeado várias actividades e segui-las ou então só fazer uma parte, mas sobretudo seguir as sugestões dos alunos, dar-lhes espaço para darem as suas opiniões e saber, respeitando-as, guiá-los para não serem sempre trabalhos do mesmo tipo.
Tenho uma turma com quatro anos de escolaridade e o livro é sempre o mesmo para todos. Faço adaptações às actividades consoante o ano e divertimo-nos imenso.
Este desabafo vem porque fiz uma pesquisa sobre o livro que escolhi para hoje: "A girafa que comia estrelas" de José Eduardo Agualusa e vi guiões de leitura da obra "rígidos" e demasiado elaborados para parecer bonito mas que esquecem o essencial:
Os alunos irão recordar a história?
A magia da leitura acontecerá dessa forma?
A imaginação deles ficará povoada por seres, lugares e histórias fabulosas?...
Não sei...
Hoje os meus alunos do 2.º, 3.º e 4.º ano estão a continuar a história com recurso ao computador Magalhães. Eles querem que a Olímpia encontre um anjo. Eu senti o mesmo ao ler o livro. Faltava uma anjo...
A ideia é original? Não, talvez não! Mas o objectivo de promover o gosto pela leitura, este, certamente será cumprido.
